sábado, 5 de junho de 2010

Deriva Continental

As placas tectónicas são subdivisões da crosta terrestre que se movimentam de forma lenta e contínua sobre o manto, podem aproximar-se ou afastarem-se umas das outras provocando abalos na superfície como terramotos e actividades vulcânicas. Tais movimentos ocorrem pelo facto do interior terrestre ser bastante aquecido fazendo com que as correntes de convecção (correntes circuladas em grandes correntes) determinem a forma de seus movimentos. Quando as correntes são convergentes elas se aproximam e se chocam sendo motivadas pela menor densidade das placas oceânicas em relação às placas continentais, sendo que a placa oceânica é engolida pela continental, porém quando são divergentes elas se afastam fazendo com que as placas se movimentem em direcção contrária, perdendo calor.
As placas convergentes se colidam de forma que uma se coloca em baixo da outra e então retorna para a astenosfera. As placas divergentes afastam se pela criação de uma nova crosta oceânica, pelo magma vindo do manto.
A princípio, há aproximadamente 240 milhões de anos, havia somente duas placas: Laurásia e Gondwana e essas com o decorrer do tempo sofreram transformações que as dividiram em várias e diferentes partes. Hoje existem várias placas menores e quatorze principais, são elas: Placa Africana, Placa da Antárctida, Placa Arábica, Placa Australiana, Placa das Caraíbas, Placa de Cocos, Placa Euro-asiática, Placa das Filipinas, Placa Indiana, Placa Juan de Fuça, Placa de Nazca, Placa Norte-americana, Placa do Pacífico, Placa de Scotia e Placa Sul-americana.


A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez por Alfred Wegener. Em 1912, ele propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam encaixar-se.

Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este facto. A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final do século XVI, com o trabalho do cartógrafo Abraham Ortelius (sugeriu que os continentes estivessem unidos no passado). Mas a sua sugestão teve origem apenas na similaridade geométrica das costas actuais da Europa e África com as costas da América do Norte e do Sul, mesmo para os mapas imperfeitos da época, ficava evidente que havia um bom encaixe entre os continentes. António SAnider-Pellegrini usou o mesmo método Orteliuspara desenhar o seu mapa com os continentes encaixados em 1958. Mas uma vez que não apresentou nenhuma prova nova, além da consideração geométrica, a ideia foi novamente esquecida.

Mais tarde, a similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas, levou alguns geólogos do hemisfério Sul a acreditar que todos os continentes já estiveram unidos, na forma de um super continente que recebeu o nome de Pangeia.

A hipótese da deriva continental foi desenvolvida, tornando-se parte de uma teoria maior, a teoria da tectónica de placas.

Reflexão: A deriva continental foi a teoria inicialmente encontrada para explicar as semelhanças existentes entre continentes distantes, relativamente á existência de fósseis e de formações geológicas semelhantes, para além da similaridade geomética das costas actuais verificada.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Deriva_continental

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